Dez carros que prometeram e não cumpriram


Eles pareciam perfeitos (e muitas vezes são), mas no caminho entre o anúncio, o lançamento e as vendas algo deu errado e eles acabaram fracassando. Aqui estão dez carros que prometeram e não cumpriram escolhidos por vocês.

Hyundai Veloster

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Um hatch com jeito de cupê equipado com um motor de 140 cv com injeção direta na faixa dos R$ 70.000 reais soa como uma ótima pedida em um mercado onde o Mini Cooper S passa dos 100 mil reais. Era a promessa do Hyundai Veloster, que acabou lançado com motor de 126 cv com injeção no coletor e preço bem acima do esperado. Não deu outra: virou piada para uns, que já sacaram que o HB20 é bem mais “Veloz-ter” com o mesmo motor e menos peso, e objeto de ostentação para outros, que foram seduzidos pelo visual descolado do coreano.

Volkswagen Phaeton

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Para provar que não era apenas uma marca popular e valorizar seus produtos de segmentos superiores a Volkswagen lançou o Phaeton, um sedã com um nível de luxuosidade comparável à tradicionalíssima Classe S da Mercedes. Ele foi (e é), sem dúvida, o melhor Volkswagen de todos os tempos — e superior até mesmo que muitos modelos “de luxo”, mas nunca deu lucro à fábrica. Na época do lançamento, em 2002, a VW falava em produzir 20 mil unidades por ano, mas no quarto ano de lançamento apenas 25.000 unidades haviam sido vendidas.

Mercedes-Benz Classe A W168

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Foi o primeiro Mercedes de motor trasversal, o primeiro com tração dianteira e o primeiro a ser fabricado fora da Alemanha. Para isso a Mercedes investiu uma pequena fortuna na fábrica de Juiz de Fora/MG, esperando conquistar o mercado brasileiro com um Mercedes acessível. O modelo vendido aqui era exatamente o mesmo produzido na Alemanha, mas foi lançado em uma época na qual o consumidor brasileiro ainda comprava carro por metro. Com preço semelhante ao do recém-lançado Volkswagen Golf de quarta geração, e um câmbio longo, ao estilo alemão, mas incompreendido pelos brasileiros, ele acabou vendendo abaixo do esperado e a fábrica operava com 1/3 de sua capacidade total.

Volkswagen Eos

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A quinta geração do Golf não teve um modelo conversível. Em vez disso, a Volkswagen tentou entrar na briga dos cupês-conversíveis com um modelo baseado no Golf, com visual mezzo Polo e suspensão traseira do Passat, com motor turbo de 200 cv. Eles chegaram a ser oferecidos pela VW no Brasil em 2009 por cerca de R$ 150.000, mas ninguém lembra disso.

Peugeot Hoggar

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A Peugeot investiu R$ 100 milhões para produzir uma picape pequena e tentar abocanhar uma fatia do bolo, que até então era dividido entre Volkswagen Saveiro, Fiat Strada, Chevrolet Montana e Ford Courier. A Peugeot Hoggar não conseguiu sequer desbancar a antiga, porém valente, Courier e acabou apenas com as migalhas do segmento.

Renault Fluence GT

Fluence GT no Autódromo Internacional de Curitiba./ Foto: La Imagem.
Com o anúncio de um Fluence com motor 2.0 turbo de 180 cv, muita gente esperava um duelo de sedãs esportivos entre o franco-coreano e o Volkswagen Jetta TSI. O que ninguém esperava é que, mesmo com 180 cv e câmbio manual de seis marchas, o desempenho anima, mas não surpreende. A Renault esperava vender 70 unidades por mês, mas raras concessionárias o têm a pronta entrega e mais raro ainda é encontrar um destes nas ruas.

Toyota Etios

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Quando lançou seu hatch compacto no Brasil a Toyota esperava balançar o segmento com um modelo baseado na imagem confiável da marca e em sua rede de autorizadas e qualidade de pós-venda. A fabricante, contudo, apostou em um modelo projetado para o mercado indiano, sem muita identificação com o consumidor brasileiro e um dos interiores menos inspirados e confusos já vistos. Foi superado por todos os concorrentes lançados na mesma época.

Renault Symbol

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Você nem lembrava dele, mas a versão renovada do Clio sedã foi vendida até o último mês de fevereiro. Ofuscado pelo Renault Logan ele nunca chegou à meta de 1.000 unidades mensais planejada pela fabricante, vendendo menos de 7.000 unidades entre 2009 e o começo de 2013.

Chevrolet Agile

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O belo conceito GPiX da Chevrolet fez muita gente acreditar que os bons tempos da GM do Brasil finalmente estavam voltando. Mas então veio o modelo final baseado no conceito: o Agile. Com plataforma antiquada e formas desconexas e desequilibradas, ele não conseguiu cumprir sua missão de substituir o Corsa e, para piorar, foi desbancado pelo recém-lançado Onix, que é melhor, mais bonito e mais barato. Sua versão sedã, mais harmoniosa, deu certo, mas o Agile agora está sem lugar na linha GM e por isso deve ser oferecido por algum tempo antes de finalmente ser tirado de linha.

DeLorean DMC-12

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Um esportivo projetado por Giugiaro, com motor central-traseiro, portas asa-de-gaivota e carroceria de aço inoxidável parecia uma receita de sucesso nos apagados anos oitenta, mas o motor PRV de apenas 193 cv não respondia à altura do visual. Para piorar, o motor que já era fraco, teve que ser estrangulado nos EUA para atender às normas de emissões de poluentes, ficando com 153 cv. O golpe final foi um calunioso envolvimento de John Delorean com um suposto cartel internacional de tráfico de drogas, que abalou a credibilidade da fábrica, matando o esportivo inoxidável. Seu status de ícone deve-se única e exclusivamente ao sucesso da trilogia “De Volta para o Futuro”.

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